Abertura do Anexo I do Museu Imperial

Da esquerda para a direita está o Desembargador e Presidente da Sociedade de Amigos do Museu Imperial, Dr. Miguel Pachá, o Presidente do Instituto Brasileiros de Museus, Sr. Paulo César Brasil do Amaral, e o Diretor do Museu Imperial, Maurício Vicente Ferreira Júnior.



A Federação de Amigos de Museus do Brasil (Feambra) conversou com o diretor do Museu Imperial, Maurício Vicente Ferreira Junior, e o presidente da Sociedade de Amigos do Museu Imperial, Miguel Pachá, sobre a abertura do Anexo I do Museu Imperial, em Petrópolis.

A entrevista abordou as principais realizações do Museu Imperial no último ano, como a inauguração do Anexo irá movimentar o funcionamento da instituição e de qual maneira a Sociedade de Amigos do Museu Imperial, associação de amigos de museus, atuou nessa reabertura.

Entrevista com Mauricio Vicente Ferreira Junior, diretor do Museu Imperial:

1.       Quais as realizações do Museu Imperial em 2018?

A equipe do Museu Imperial procurou aperfeiçoar suas atividades com base no aprofundamento de sua missão institucional que é preservar, pesquisar e comunicar a memória nacional relativa ao período imperial através da promoção e difusão do patrimônio cultural sob sua guarda, desenvolvendo ações que visem a democratização do acesso à cultura, o aprimoramento do conhecimento da história do Brasil e o estímulo à reflexão sobre o legado cultural brasileiro.
Mesmo enfrentando um contexto de contingenciamento dos investimentos da área finalística, o Museu Imperial pôde desenvolver ações, principalmente, direcionadas para a preservação do acervo. Nesse sentido, a pesquisa, a preservação e a difusão do acervo histórico e artístico ganharam um forte incremento com a reestruturação da equipe técnica do projeto de Digitalização do Acervo do Museu Imperial - Projeto DAMI - possibilitando a ampliação do escopo do plano de ação para a digitalização de coleções históricas e artísticas.
Com relação às ações de segurança do Museu Imperial e suas subunidades, foram concluídos os processos de aquisição de serviços para Certificação do Museu Imperial junto ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro – CBMERJ. As empresas contratadas finalizaram os projetos de combate a incêndio e pânico para a posterior aprovação e emissão do laudo de exigências do CBMERJ. Todos os equipamentos de combate a incêndio foram revisados e os equipamentos de detecção e alarme de incêndio foram substituídos por modelos de última geração.

2.       Qual é a análise do museu sobre a visitação em relação aos anos anteriores?

A visitação ao Museu Imperial tem oscilado pouco, com um público superior a 408.000/ano. O recorde continua com o registrado no ano de 2015 quando recebemos 430.000 visitantes. Nosso objetivo é ampliar o público do Museu Imperial em 20%. No entanto, questões orçamentárias e contratuais apresentam limitações para a necessária flexibilização dos horários de visitação e aumento do contingente de funcionários.

3.        Sobre a Sociedade de Amigos do Museu Imperial (SAMI), como ela participa dessa reinauguração, do aumento de visitação e do envolvimento da sociedade?

O apoio da SAMI é fundamental, não apenas para a aquisição de materiais que, muitas vezes, se esgotam no almoxarifado, como cartuchos de impressora, mas, principalmente, na captação de recursos para projetos, por meio da legislação de incentivo à cultura e na aquisição de objetos em antiquários, colecionadores e leilões para a complementação de acervo histórico e artístico.  E, agora, com o investimento na construção do Pavilhão de Recepção do Público do Museu Imperial, a SAMI assume um protagonismo ímpar que é o investimento em obras estruturais para o Museu Imperial, um verdadeiro divisor de águas na relação entre os museus e suas respectivas associações de amigos.

4.       Quais os projetos para os próximos anos?

Requalificar tecnologicamente o espetáculo Som e Luz, com a substituição do equipamento que manifesta esgotamento após 17 anos de utilização.  Na sequência, produzir um novo espetáculo, com atualização de conteúdo e solução tecnológica. Requalificar a museografia do circuito de exposição permanente. Aperfeiçoar os sistemas de acondicionamento de acervo histórico e artístico preservado nas Reservas Técnicas. Aprimorar os equipamentos de acessibilidade nas áreas expositivas e de circulação de público.

O diretor do Museu Imperial ainda pontua: “o Museu Imperial tem como objetivos fundamentais: preservar, pesquisar e difundir o patrimônio cultural sob a guarda da instituição, com o emprego de novas tecnologias para a universalização do acesso; aprimorar a condição de espaço de memória de/para todos os brasileiros, contribuindo de maneira efetiva para o aprofundamento da cidadania; incrementar as coleções sob a guarda da instituição com novas aquisições à luz das demandas trazidas pela sociedade brasileira; e contribuir para que o Brasil alcance lugar de destaque na comunidade museológica internacional, seja com relação ao afluxo de público físico e/ou virtual, ou à reflexão teórica sobre os procedimentos técnicos do campo museológico.



Entrevista com Miguel Pachá, presidente da Sociedade de Amigos do Museu Imperial:

1.       Qual a importância da Sociedade de Amigos para o Museu Imperial? Por que ser um Amigo do Museu?

A Sociedade de Amigos do Museu Imperial tem uma grande importância, quer atendendo às necessidades prementes, que surgem durante o ano e não previstas nos orçamentos, quer realizando grandes obras solicitadas pela direção do Museu Imperial. Petrópolis precisa se compenetrar de que o Museu Imperial é, hoje, juntamente com a Catedral da cidade, o local que mais atrai e é visitado por turistas, contribuindo para o seu desenvolvimento cultural e econômico. É essencial que o petropolitano, como ocorre em várias cidades do mundo, colabore com suas instituições culturais.

2.       Atualmente, os Amigos do Museu atuam em quais frentes do funcionamento da instituição?

Nós atendemos as necessidades prementes do Museu Imperial, impedindo a paralisação de diversos serviços, caso tivessem que aguardar a liberação de verbas e autorizações para que fossem realizadas.

3.       A Sociedade de Amigos Museu Imperial trabalha com um planejamento para ações futuras?

Tudo que é feito tem um planejamento prévio e grandes realizações são devidamente estudadas e aprovadas pela Diretoria e pelos Conselhos Fiscal e Consultivo.

4.       O que esperar da reabertura do Anexo I do Museu Imperial? Há a expectativa de atrair novos Amigos do Museu com o Anexo I reformado?

A obra que acabamos de realizar, para a qual já foram gastos mais de R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais), trará um melhor conforto para os visitantes, com espaço próprio para aquisição de ingressos e para a guarda de seus pertences, durante o período de visita ao Museu.
Esperamos atrair novos amigos, pois só desta forma poderemos continuar a melhorar nossas atividades, que não têm objetivos financeiros, mas somente o de conseguir verbas para transformá-las em benefícios para o Museu. O sócio da SAMI tem livre ingresso no Museu Imperial e obtém um abatimento de 20% em todos os produtos que são vendidos na loja, cuja renda reverte ao Museu.

O presidente da Sociedade de Amigos do Museu Imperial ainda destaca a importância da associação para a instituição: “A SAMI, durante esses anos de sua existência tem sido uma entidade de apoio das administrações do Museu. O Som e Luz, que desperta tanto interesse dos visitantes, é obra da SAMI, que, inclusive, administrou todas as verbas, obtidas de atividade privada, para a recuperação da berlinda de aparato de D. Pedro II, para a digitalização de coleções do Museu, o que ainda vem sendo feito, com a utilização de todo o maquinário doado ao Museu.”





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