Djanira da Motta e Silva foi uma
artista autodidata e de origem trabalhadora que surgiu em 1940. Entretanto, nas
últimas décadas, o seu trabalho foi deixado de lado nas histórias oficiais
sobre a arte brasileira, e esta exposição dedicada à suas obras traz sua devida
importância para história artística e cultural do País.
A primeira grande exposição
monográfica desde seu falecimento há 40 anos tem o título de “Djanira: A
memória de Seu Povo”. Emprestado de uma reportagem de Mary Ventura, dos anos
70, o nome se refere à trajetória e história de vida da artista, e as viagens
feitas pelo Brasil, bem como sua pintura e realidade que retratava em torno de
assuntos que eram marginalizados pelas elites.
A mostra ocorre no MASP até o dia
19 de maio, e reúne retratos e autorretratos, diversões e festejos populares, o
trabalho e os trabalhadores, a religiosidade afro-brasileira e católica, os
indígenas Canela do Maranhão, entre diversos povos e paisagens brasileiras.
Além disso, inaugura a programação do Ciclo Histórias das Mulheres, Histórias
Feministas, dedicado para artistas mulheres na programação do MASP durante este
ano.